sexta-feira, 15 de maio de 2015

Religiosidade... a busca da Verdade


Esta semana andei meio relapsa... cansaço físico e mental, unidos à uma certa preguiça por causa do friozinho que se instalou, fez com que os dias passassem e eu não publicasse nada por aqui. :D Estou com algumas ideias de textos, dicas, então tentarei aparecer o quanto antes, ok? ;)

Como este mês ainda não publiquei nada de meu pai, fui olhar os textos dele para escolher algum. Trabalho difícil... textos escritos há mais de 20 anos e ainda tão atuais! o.O Bom ou ruim isso? No mínimo um sinal de que a humanidade não tem evoluído muito, eu acho... 

Escolhi um que fala sobre a religiosidade, que penso caber muito bem numa época em que as pessoas defendem suas crenças de forma incisiva, meio que torcida de futebol... cada qual se acha mais certo que o outro, cada qual acredita estar ao lado da Verdade Única e Definitiva, como se esta existisse! Toda religião traz em si a Verdade adequada para as pessoas que nela se sentem confortáveis. Mesmo quando a pessoa tem uma crença própria que não se encaixa em uma religião formal, também tem ali uma Verdade. ;) 

Mas... para quê ficar falando de algo que "seu Ronaldo" já escreveu tão bem, né? ;) Deliciem-se!

Eu volto!

Andrea
NÃO SE DEIXE ENGANAR 
(Ronaldo Tikhomiroff)
Desde o nascimento da Humanidade na face da Terra, desde que o homem tomou consciência de suas diferenças em relação aos demais seres vivos, que ele se pergunta sobre as leis da Natureza, sobre suas origens transcendentais, sobre o enigma do processo de nascimento e morte, sobre sua vida aqui e em outros planos espirituais.
Esquecido de sua origem divina, porém com a lembrança latente em seu interior, o homem procurou explicar sua presença na Terra através de mitos, superstições e lendas, que, ao longo do tempo se materializaram em seitas e religiões onde se criou a figura de um deus ou de deuses que manipulavam, com todos os defeitos  e paixões humanas, a vida do pobre homem terrestre. Eram as religiões antigas, chamadas por Einstein de “religiões-angústia”, onde seus deuses mantinham o homem sob o jugo constante de suas “vinganças” e castigos. Essas religiões foram se extinguindo, dando origem às religiões dos tempos atuais, chamadas, também por Einstein, de religiões-morais.
Como conseqüência da evolução mental e espiritual do ser humano não ter sido acompanhada por evoluções estruturais das religiões ditas modernas, constatamos cada vez mais a fuga de fiéis dessas religiões, que passam a buscar o conforto para algo que os incomoda, algo que trazem em seu íntimo e que não encontraram explicações até então. E aí se tornam frágeis...
Frágeis e presas fáceis para os exploradores da fé. Além da proliferação de novas seitas e “religiões”, o crescimento do misticismo e do esoterismo gerou o surgimento de autênticos “donos da verdade”, uma verdadeira indústria que explora a fé, ou falta de fé, alheia.
É preciso cuidado, muito cuidado, ao nos envolvermos com tais assuntos. O movimento da nova era (New Age), originado na Califórnia, cujos fundamentos entendemos verdadeiros e sérios, motivou o surgimento de verdadeiros arautos dos “novos tempos”, sem nenhum conhecimento mais profundo senão a cultura adquirida na literatura, por vezes duvidosa. A grande maioria não distribui seus “conhecimentos” senão através de um ganho financeiro, o que, por si só, os auto-condena. Afinal, os verdadeiros arautos do Plano Espiritual são meros e humildes instrumentos em cujo ego não cabe a vaidade ou a cobiça.
Como disse acima, o verdadeiro conhecimento está dentro de cada um de nós. Todos possuímos gravado em nosso íntimo, latente em nosso Eu Interno, a lembrança de nosso vínculo cósmico. Antes de sairmos em busca de respostas, porque não as procuramos em nós mesmos? Da mesma forma que qualquer religião é boa para aqueles que sentem o conforto espiritual em seu seio, qualquer crença em conceitos esotéricos também o é, desde que o indivíduo se pergunte com toda a honestidade: “isto me satisfaz plenamente?”.

Para se alcançar tal estágio, é necessário, evidentemente, pesquisar. A cada novo “conhecimento” adquirido, pergunte a seu íntimo se tal informação REALMENTE se encaixa dentro de você. Caso positivo, retire as aspas e absorva o SEU novo conhecimento. Em outras palavras, não busque um gnomo, um anjo, ou uma posição filosófica simplesmente porque disseram que é verdadeira. Afinal, quem disse? Quem é o dono da verdade? O que é a verdade? Observe que somente seu Eu Interno é capaz de lhe dar a resposta correta, através de uma gostosa calma interior. Simplesmente porque seu Eu Interno não usa o mental ou o emocional para “raciocinar”.
Cada indivíduo atualmente encarnado na face da Terra possui um nível evolutivo próprio. Cada qual, portanto, necessita de um determinado nível de informação, adequado a seu estágio evolutivo. Portanto, todas as religiões tem seu valor, pois todas são verdadeiras - desde que não manipuladas pelo homem - para aqueles que delas se alimentam espiritualmente e delas extraem seu conforto espiritual. Da mesma forma, se um indivíduo chega a seu conforto espiritual por seus próprios pés, sem adotar nenhuma das religiões hoje rotuladas e nomeadas, ele também possui uma religião, ou uma religiosidade: a sua própria, tão válida quanto as demais, pois o objetivo também foi alcançado: a abertura do canal com o Plano Espiritual.
Não vejo nessas linhas nenhuma heresia, nenhuma crítica, senão a própria razão de ser desta coluna: “Sinal de Alerta”. Afinal, todos nós temos, ou deveríamos ter, a certeza absoluta de que, dentro de nós, existe algo transcendental, sublime, divino. Cada um de nós carrega em seu íntimo a partícula energética de nosso Pai. Cabe a nós mesmos encontrar o caminho que nos levará ao encontro com Ele. Será a minha verdade igual à sua? Busque orientação sim, se você a necessita. Porém deixe seu íntimo concluir e filtrar sua própria verdade. Aí sim, você sentirá o calor confortável e tranqüilo da verdadeira fé que a ninguém pertence senão a você próprio. Não se deixe manipular. Não se deixe enganar...

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